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December 21, 2020

Marketing, Comunicação e Gestão
Análise e Tecnologia Desportiva

A concorrência no jogo da tecnologia esportiva veio para ficar

A tecnologia está transformando o mundo dos esportes de diversas maneiras e seu uso cresce consideravelmente. Ela contribui para com o treinamento e desempenho dos atletas em campo, com a maneira com que os clubes lidam com os torcedores e na forma como os estádios são construídos, proporcionando ao público uma grande experiência. Após a pandemia, os estádios estarão competindo mais do que nunca com a experiência em casa. A maioria dos clubes participam da formação de uma parte importante da sua comunidade e o impacto social muitas vezes está no coração desta missão. Com o apoio de inovações, que beneficiam a população em geral e não somente as estrelas do clube, têm uma importância considerável. Os esportes eletrônicos são um exemplo radical de como as novas tecnologias e os jogos digitais podem proporcionar oportunidades para se envolver com os novos torcedores que apresentam um perfil completamente diferente dos torcedores mais tradicionais. Os esportes eletrônicos estão impulsionando grandes investimentos em novas tecnologias esportivas, ultrapassando um total de $2,5 bilhões em financiamentos de capital de risco (CR) em 2018. Dentro dos esportes tradicionais, o basquetebol permanece à frente dessa inovação, seguido do futebol e do beisebol.

Financiamentos de CR em tecnologia esportiva estão em alta

A criação de novos negócios inovadores requer ideias, talento e capital. O melhor financiamento em tecnologia esportiva representa uma categoria em ascensão para os investimentos de capital de risco. Segundo a SportTechX, os investimentos em tecnologia esportiva aumentaram para €364 milhões em 2018. Isso representa um crescimento de 27 % se comparado ao índice de crescimento de 21 % de capital de risco europeu em todas as categorias. O valor de €364 milhões representa cerca de 4 % de todos os investimentos de capital de risco europeu realizados em 2018.

Segundo a nova pesquisa de mercado realizada pela MarketsandMarkets, o mercado de tecnologia esportiva foi avaliado em $8,9 bilhões em 2018 e prevê-se um crescimento de $31,1 bilhões para 2024, ficando a América do Norte com a posse da maior parcela do mercado em 2018. O aumento exponencial nessa atividade, tem atraído o interesse de investidores que lançaram aceleradores de tecnologia esportiva e fundos de risco. As análises de diversos acordos que aconteceram nos últimos cinco anos demonstraram que o ecossistema deu as boas-vindas aos novos investidores ao longo da cadeia de valores, desde o capital inicial até os ciclos tardios do capital de risco.

Embora exista uma significativa oferta de capital, a disponibilidade de experiências com base em lucros elevados pode ser escassa. As sociedades entre clubes e empreendedores são uma forma de proporcionar acesso às experiências esportivas para empreendedores com grandes ideias.

Uma pesquisa realizada pela Scrum Ventures perguntou sobre quais tecnologias teriam mais impacto na indústria esportiva nos próximos 12 meses. Na maioria das respostas (78 %) foram selecionadas as tecnologias que envolvem os torcedores, tais como transmissão ao vivo, esportes eletrônicos e plataformas de conteúdo, em comparação com as tecnologias relacionadas ao desempenho dos atletas (16 %) e a experiência nos estádios (6 %). Quando questionados sobre quais tecnologias eram mais interessantes sobre uma perspectiva de investimentos, as três mais citadas foram as plataformas de mídia e conteúdo, esportes eletrônicos e negócios que envolvem análise de dados.

Os membros da geração Z, a primeira geração totalmente composta por verdadeiros nativos digitais, estão acostumados a participarem de mundos digitais diferentes de maneira simultânea. Acompanham seus clubes constantemente, mas a atenção deste grupo é efêmera, pois ela perde o interesse de maneira fácil e rápida. Portanto, o intenso interesse direcionado aos clubes esportivos gera compromisso com os torcedores, já que isso é totalmente diferente. Os torcedores da geração Z podem inclusive preferem participar de grandes e intensas análises sobre o jogo em si, verificação de estatísticas, dados sobre os jogos ao vivo e previsões compartilhadas pelas redes sociais.

É muito provável que o coronavírus acelere todas as tendências até chegarmos aos esportes eletrônicos e a experiências domésticas. Os clubes correm o risco de reduzirem a arrecadação para posteriores investimentos e, por isso, é provável que os projetos de maior envergadura, por exemplo, novas construções de arenas, tenham que ser novamente planejadas, em função dos novos modelos de arrecadação que hoje é mais expressivo nas assinaturas e isso reduz o volume em função da venda de ingressos para shows ao vivo.

Clubes esportivos liderando a tabela de investimentos

Ano passado, o Barça anunciou o clube esportivo escolhido pelo Facebook para desenvolver e usar o seu novo serviço de assinatura para torcedores, uma espécie de “fã-clube” digital onde os assinantes podem acessar a uma ampla gama de conteúdos exclusivos.

O Barça não está sozinho ao acreditar na inovação tecnológica. Clubes em todo o mundo estão tentando atrair uma audiência diferente, uma plataforma de torcedores on-line com uma expectativa bem maior do que apenas a experiência ao vivo de uma partida. Como consequência, muitos clubes esportivos estão aplicando a tecnologia de outras maneiras. O Sacramento Kings está alavancando tecnologias como a IA, RA, Blockchain (base de registros e dados) e esportes eletrônicos para aprofundar a conexão com suas marcas, enquanto personalizam as experiências de seus torcedores. Sempre em busca de uma melhor experiência para seus torcedores, os Golden State Warriors participaram da primeira transmissão ao vivo, de RV, em uma partida da NBA em 2015. Levi´s Stadium, a casa do San Francisco 49ers, tem cerca de 1.700 postes eletrônicos espalhados por todo o campo para melhorar a experiência dos seus torcedores. Inclusive, podem até pedir cachorros-quentes do seu próprio assento.

Na Europa, o Bayern de Munique apresentou um aplicativo de RA onde permite que seus torcedores façam selfies com as estrelas da equipe. A equipe também está focada no Big data e na parceria com a SAP, maior companhia de software da Europa. Manchester City foi o primeiro clube a sediar uma Hackathon e já adotou o uso de realidade virtual. A A.S. Roma está usando a tecnologia para expandir sua base de torcedores a nível global. Liverpool teve grande sucesso ao incorporar a análise de dados para tomar decisões.

Barcelona é a terceira cidade da Europa em quantidade de startups no setor de tecnologia esportiva, antecedida por Londres e Paris, tendo uma invejável reputação em iniciar novos negócios. O FC Barcelona através do seu centro de inovação, pretende tornar-se uma força de incentivo ao empreendedorismo nos esportes onde quer que esteja. O clube já tem realizado parceiras com diferentes startups no intuito de codesenvolver produtos para diferentes áreas: seus atletas, seus torcedores e para a população em geral.

Se você for empreendedor e desejar unir-se ao Barça, pode enviar seu projeto AQUI.

 

Tània Vié Riba

 

 

 

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