August 27, 2018
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EXERCÍCIOS EXCÊNTRICOS: ESTUDAR “VACINAS” PARA OS MÚSCULOS
As lesões musculares são um dos principais problemas que os atletas enfrentam, principalmente os de alta competição. Um dos grupos musculares mais sensíveis a esse tipo de lesão é o grupo dos chamados isquiotibiais, que se situam na parte posterior da perna e trabalham sobretudo em situações de sprint.
Para trabalhar esses músculos e prevenir possíveis danos, é importante treinar com exercícios do tipo excêntrico, que geram tensões por alongamento, como acontece, por exemplo, com os exercícios ditos de “peso morto”. No entanto, o treino intensivo também pode causar alguns danos a nível muscular, que devem ser monitorizados para minimizar o risco de lesão.
Recentemente, vários membros da equipa médica do F.C. Barcelona participaram num estudo em que analisaram a variabilidade individual desses danos e o respetivo acompanhamento, usando diferentes técnicas de diagnóstico. O trabalho foi publicado na revista Frontiers in Physiology.
Exercícios excêntricos: “vacinas” sob controlo
“Os exercícios excêntricos são uma boa estratégia para prevenir lesões”, diz Gerard Carmona, investigador da Área de Rendimento do F.C. Barcelona e da Escola de Ciências da Saúde TecnoCampus e principal responsável pelo artigo. Quando realizados, “desencadeiam-se processos de adaptação que protegem o músculo: funcionam como uma espécie de vacina”.
No entanto, é aconselhável monitorizar os efeitos desse treino, uma vez que, dependendo das características ou da condição física de cada atleta, ele pode não ter os benefícios esperados.
“O objetivo do estudo”, resume Carmona, “era classificar as pessoas por tipo de dano muscular resultante da prática de um exercício excêntrico de alta intensidade”.
Para isso, treze voluntários realizaram seis séries de dez repetições de um exercício de “leg-curl” a uma intensidade supramáxima, em que o peso era levantado externamente e eles tinham de o baixar gradualmente, em três segundos. Durante sete dias, antes e depois do exercício, analisou-se a capacidade de geração de força (FGC, na sigla inglesa), determinou-se a concentração de várias enzimas musculares no sangue (que dão uma medida dos danos musculares) e realizaram-se ressonâncias magnéticas funcionais que permitiam localizar os músculos que mais tinham trabalhado.
Resultados e conclusões do estudo
Tanto a diminuição da capacidade de geração de força quanto o aumento de enzimas musculares no sangue determinaram que se poderiam estabelecer dois grupos de pessoas, de acordo com sua resposta muscular: as que respondiam com grandes danos e as que apresentavam danos moderados. As que menos acusaram o que fosse, em resultado do exercício, foram as que realizaram a atividade física mais básica, incluindo desportos com muitos momentos de sprint. No entanto, “havia uma grande variabilidade na resposta, mesmo nas pessoas com níveis de base muito semelhantes”, diz Carmona, que destaca uma das contribuições adicionais do trabalho:
“A diminuição na capacidade de geração de força é muito semelhante ao aumento das enzimas musculares, por isso, serviria para fazer o acompanhamento dos danos com muito mais facilidade e dispensaria a extração de sangue”.
O estudo também permitiu conhecer “a dinâmica de recrutamento muscular deste tipo de exercício”, os elementos que mais intervêm na sua realização. Embora se utilize o termo genérico “isquiotibiais”, na verdade, trata-se de um grupo formado por quatro músculos diferentes: semimembranoso, semitendinoso e bíceps femoral, que tem uma cabeça ou porção curta e outra longa. “Vimos que, na presença de fadiga ou lesão muscular prévia, o exercício incide especialmente sobre o semitendinoso ou, até, a cabeça curta do bíceps“, diz Carmona. Nesses casos, que poderiam ser detetados simplesmente porque não há recuperação total da força três dias após o exercício, “isso poderia aumentar o risco de lesão, e seria conveniente realizar um exercício diferente ou, muito possivelmente, programar um período de descanso”.
A equipe do Barça Innovation Hub
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