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September 17, 2018

Futebol
Desportos Colectivos

O futebol a partir dos primeiros princípios

O futebol tornou-se, sem sombra de dúvida, um tema de pesquisa extremamente popular. Diversos ramos da ciência procuram abordar as suas teorias, resolvendo questões de atividades diárias, como o jogo de futebol, que implica eventos de tipos muito diferentes (por exemplo: físicos, fisiológicos, cognitivo-percetivos, emocionais, sociais e, até, políticos). Assim, cientistas e estudantes do jogo, em geral, têm a tarefa minuciosa de encontrar as questões científicas corretas para estudar um sistema desconhecido. Embora, na ausência de qualquer forma de metodologia ou lógica para descobrir os graus de liberdade corretos (DoFs) seja preciso confiar na intuição, há princípios fundamentais da natureza, em geral, que podem ajudar a entender o futebol, em particular.

O objetivo desta publicação é delinear uma série de princípios considerados cruciais para compreender o o desenvolvimento do estilo de jogo do FC Barcelona. Os temas variam. Vão desde a metafísica do jogo, analisando a diferença entre sistemas complicados e complexos (que parece não ser bem interpretada), até à própria natureza física do jogo. Desde a metafísica do jogo, até às técnicas de modelagem do jogo mais promissoras em contraste com as que apresentam limitações consideráveis, ou até às metodologias de treino pioneiras do professor Seirul.lo, utilizadas no FC Barcelona, revelando o seu fundo teórico, nunca antes descoberto

Ao escolher dois extremos na gama de estudos dos desportos coletivos, com os princípios “teóricos” do jogo de futebol de um lado e a abordagem orientada para a prática teórica do outro, almejamos colmatar a elipse epistemológica entre a prática e a teoria, demasiadas vezes tida como uma lacuna irreparável. De facto, defendemos que essa divisão pode ser resolvida com o desenvolvimento de uma teoria que forneça conteúdo e oriente a investigação no domínio dos desportos coletivos. Tal teoria deve gerar o seguinte: 1) uma ontologia (e a linguagem correspondente), definindo os tipos de entidades, propriedades e eventos que compõem cada modalidade desportiva, 2) limites de escala, determinando as maiores e menores escalas funcionais e espaço-temporais a que tais eventos são relevantes para o jogo, 3) um paradigma ou diversos paradigmas a partir dos quais se possa comprovar a teoria, 4) métodos analíticos com uma compreensão ótima dos graus de liberdade que a teoria sustenta, 5) uma estrutura unificadora ou integradora, em que diferentes níveis de descrição sejam permitidos pela teoria, sem implicar fragmentação.

Inspirados, assim, pela abordagem Gibsoniana à percepção e à ação (Gibson, 1979) e pelo estudo do movimento coordenado de Nicolai Bernstein (Bernstein, por volta dos anos 40, in Latash e Turvey, 1996), uma combinação híbrida desenvolvida adiante por Michael Turvey, Bob Shaw e outros dos cientistas comportamentais mais influentes da última década do século 20 (ex.: Turvey, Shaw, Reed e Mace, 1981), envidaremos esforços para defender uma física ecológica (Gibson, 1979, Turvey e Shaw, 1995), juntamente com a integração das teorias e metodologias de treino mais pioneiras de Paco Seirul.lo (ver Seiru.lo, 1976) no FCB, para desenvolver uma abordagem direcionada pela teoria e orientada para a prática no estudo dos desportos coletivos, em geral, e do futebol, em particular. O que se propõe é, pois, uma abordagem que sirva tanto a cientistas como a técnicos.

 

Maurici A. López-Felip. Centro para o Estudo Ecológico da Percepção e Ação, EUA. Departamento de Desportos Colectivos no Futbol Club Barcelona, Barça Innovation Hub, Espanha.

Francisco Seirul.lo Vargas.Universidade de Barcelona, Espanha. Departamento de Desportos Colectivos no Futbol Club Barcelona, Barça Innovation Hub, Espanha.

 

 

Referências

Gibson, J.J. (1979). The ecological approach to visual perception. Boston: Houghton Mifflin.

Latash, M. L., & Turvey, M. T. (Eds.), (1996). Dexterity and its development. Mahwah, NJ: Erlbaum.

Seirul.lo, F. (1976). Hacia una sinergética del entrenamiento. Apuntes de Medicina Deportiva, 13, 93-94.

Turvey, M. T., & Shaw., R. E. (1995). Toward an ecological physics and a physical psychology. In R. L. Solso, & D. W. Massaro (Eds.), The Science of the Mind: 2001 and Beyond. Nova Yorque: Oxford University Press.

Turvey, M. T., Shaw, R., Reed, E., & Mace, W. (1981). Ecological laws of perceiving and acting: In reply to Fodor & Pylyshyn (1981). Cognition, 9, 237-304.

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