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O objetivo é simples: Saber tudo sobre todos os jogadores que estão participando de uma partida de futebol. Sua posição com respeito aos rivais e em relação à jogada. Sua velocidade máxima e a média. A distância percorrida. A orientação de seu corpo a todo momento. Os dispositivos de tracking vão revolucionar o jogo do ponto de vista da preparação de táticas, da leitura e análise das partidas e da informação que estará disponível para as retransmissões e para os jornalistas. Uma tecnologia que terá sido desenvolvida no estádio do FC Barcelona.

Em um dos projetos mais importantes da FIFA para estabelecer padrões de qualidade desta tecnologia, no dia 11 de outubro foi concluído no Camp Nou o teste de dispositivos de seguimento eletrônico (EPTS) de 13 empresas que contam com esses produtos.

A análise de cada marca foi realizada pela Universidade de Victoria (Austrália). Rob Aughey, pesquisador do Institute for Health & Sport, explicou durante os testes: “A razão pela que é muito importante trabalhar em um estádio como este é porque implica um desafio. O tamanho da arquibancada pode bloquear ou interferir no sinal dos satélites, o que dificulta a precisão do GPS, enquanto que para a visão ótica, um campo tão grande possui zonas de luz e de sombra, o que testa a capacidade do dispositivo. Se funcionarem aqui, funcionarão praticamente em todos os lugares”.

Em janeiro de 2020 se conhecerão os resultados de algumas tecnologias que ainda não receberam uma avaliação independente. Para poder estabelecer uma escala comum, era necessário realizar os testes no mesmo lugar e de forma simultânea. Johsan Billingham, chefe de pesquisa do Departamento de Inovação e Tecnologia da FIFA, responsável pelo ranking de qualidade que será publicado com todos os dispositivos, assinalou: “O que queremos é fornecer uma avaliação com transparência para que o usuário final possa comparar a qualificação de cada sistema e suas vantagens”.

Para o FC Barcelona, as inovações neste campo são importantes porque servirão para otimizar o tempo investido pelos analistas na obtenção da informação sobre tudo o que ocorreu em uma partida. Atualmente, o clube conta com relatórios automatizados obtidos através de vídeo tático. Ao tratar com algoritmos da informação sobre a posição de cada jogador a cada momento, são obtidos dados-chave como, por exemplo, quanto perigo é gerado para a equipe, quantas vezes são superadas linhas em determinadas circunstâncias, se há problemas na saída da bola, etc.

A meta é que o treinador possa consultar esta informação o mais rápido possível. Agora todos os dados vêm vinculados a vídeos. Se o treinador se interessar pelo pico que marca uma curva de perigo, deve acessar o vídeo da jogada. Trata-se de agilizar. De dispor de todo o relatório depois do jogo e, no futuro, em tempo real. Abre-se um horizonte em que o assessoramento informático pode ajudar a tomar decisões durante o curso do evento.

Especificamente, o que mais interessa ao clube no futuro está no tracking ótico. A informação que permite saber a posição da bola. Os dados coletados com GPS mostram muita informação, mas ela está descontextualizada ao não detectar a bola. Agora mesmo, a resposta imediata, a qualidade dos dados, é melhorável. Normalmente, eles têm que ser tratados após a partida com ajuda do vídeo para serem melhorados. Quando chegar a mostrar a posição da bola, estaremos diante de uma revolução não só tecnológica, mas também tática e estratégica.

Na faceta médica, os avanços que estão sendo desenvolvidos terão uma incidência direta no tratamento de big data sobre carga e fadiga dos jogadores. Uma informação que ajudará os treinadores a dosificar e fazer a rotação das equipes baseando-se em informação cada vez menos subjetiva e mais empírica e precisa.

Billingham comentou que os torcedores, assim como os treinadores, cada vez mais pedem mais informação obre o que ocorreu ou está acontecendo em uma partida. Inclusive, dentro de alguns anos, estes dispositivos também servirão para a formação dos árbitros, cuja posição no campo é vital para sua função, acrescentou o pesquisador.

No gramado do Camp Nou foi instalada uma zona de 30×30 metros com dez câmeras de cada lado. Os membros do INEF Catalunha que estavam lá tinham marcadores nos ombros, quadris e zona lombar para medir a posição corporal e a orientação. Os exercícios consistiram na realização de um circuito físico de caminhar, trotar e fazer sprints em diferentes direções, além de mudanças e acelerações. Com bola, realizaram um dois para dois e um cinco contra cinco.

Ao mesmo tempo, também eram coletados os dados de outros jogadores que, simultaneamente, realizavam exercícios no resto do campo para que as empresas demonstrassem que seu produto funciona em todo o terreno de jogo. Todos os dados recolhidos mediante cada sistema estão sendo comparados entre si para, assim, averiguar sua precisão.

Este tipo de tecnologia também é aplicável a outros esportes. Na Universidade de Victoria atualmente trabalham sua implantação em remo, ciclismo, atletismo, basquete, futebol australiano e rúgbi. O Barça Innovation Hub trabalha desinteressadamente com organismos pesquisadores do desenvolvimento destas novas tecnologias porque, só com avanço desta indústria, já está recebendo um retorno. Toda a informação exata obtida por métodos eletrônicos, antes de tudo, facilita o objetivo de conservar o modelo de jogo e a filosofia do clube.

 

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