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December 1, 2020

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Sports Tomorrow – Dia 10

Guia analítico do futebol 2021 está focalizado no conceito sobre os contextos de informações

Pelo segundo ano, o FC Barcelona, através do Barça Innovation Hub apresenta seu guia anual sobre análises de informações importantes que foram recopiladas e os avanços percebidos na área com o objetivo de promover e divulgação, e também de apresentar novas linhas de trabalho e pesquisa que podem ser realizadas. A obra estará disponível na plataforma Sports Tomorrow, assim como as apresentações feitas no congresso.

Angel Ric, editor deste guia, San Robertson, da Universidades de Victoria na Austrália e David Sumpter da Universidade de Uppsala na Suécia, explicaram sobre a importância alcançada durante as análises destas informações e a ciência do esporte que obriga os clubes a incorporarem nas suas estruturas novos perfis de profissionais que antes não eram participantes, por exemplo, matemáticos, analista de dados e informática. Além disso, outros perfis profissionais consolidados, como os preparadores físicos e os analistas tiveram que se adaptarem às novas metodologias de monitoramento.

O guia deste ano contém nove capítulos elaborados por 37 pesquisadores de nove países. Juntos os artigos somam 155 páginas com 325 referências científicas. Trata-se de um monográfico sobre o contexto de verificação das análises sobre dados. O futebol é um esporte altamente complexo que exige um passo além das outras disciplinas e sua analítica. Um dos motivos fundamentais é o dos diferentes cenários nos quais esses contextos são determinados e servem de base para interpretar ou valorizar as informações com resultados muito diferentes.

Em um primeiro momento Rafael Pol e Natalia Balangué propuseram usar princípios e conceitos da teoria de sistemas dinâmicos com o claro objetivo de melhorar as barreiras linguísticas e o conhecimento que possa existir entre as diferentes evoluções da ciência, e ao mesmo tempo, sugerem a incorporação de ferramentas e análises que retratam o dinamismo nos processos paralelos ao futebol; processos nos quais a relação entre o organismo e o ambiente deve ser entendida em todas as escalas e níveis de verificação do desempenho. Da análise das equipes em um clube ou em competições e o funcionamento do órgão ou sistema no atleta, sem esquecer do desempenho dele na própria equipe.

A seguir, Hans Thies, Bahaeddine El Fakir e Nicolas Evans apresentam as necessidades de se esforçarem na integração de todas as fontes de informações quando existirem diferentes níveis de informações e dados.

Carlos Lago e seus colaboradores estudaram os efeitos das situações variáveis de desempenho e, este conceito com diferentes níveis, foi considerado fundamental para as avaliações sobre a influência do contexto em todas as escalas, pois pequenas alterações com níveis superiores podem afetar desproporcionalmente e ocasionar grandes alterações no desempenho dos níveis inferiores.

Lotte Bransen e sua equipe publicam um estudo sobre como isso afeta o contexto de desempenho esportivo. O resultado deste estudo demonstra como o contexto é que determina as probabilidades de sucesso em uma ação, assim como os efeitos que podem sofrer alterações de marcação ou aproximação em relação à final de um jogo, algo que influi diretamente na probabilidade de a equipe vencer, empatar ou até mesmo perder esse jogo.

Laurie Shaw, vencedor do concurso de papers do Summit de 2019 do Barça Innovation Hub contribui com um capítulo sobre a estrutura das equipes e os contextos que determinam suas formações. O estudo apresenta a possibilidade de melhorar com a identificação destas formações em função dos contextos de jogo muito mais próximos: no começo do jogo o build up, o progresso até o gol ou a chegada da última parte do jogo, junto com as formações quando as equipes apresentam estratégias defensivas de pressão e reorganização.

No sexto capítulo Mattias Kempe e seus colaboradores sustentam que a estabilidade destas formações são uma característica da organização da equipe, pois assim a disrupção, através de um passe pode ser usada para avaliar o desempenho de um atleta. Neste capítulo o leitor também poderá encontrar estudos publicados este ano sobre a coordenação de atletas, o que abrem grandes oportunidades para novas pesquisas.

Finalmente, os últimos três capítulos abordam novos estudos com o objetivo de conhecer melhor os efeitos das atividades de treinamento. A equipe de metodologia do FC Barcelona, dirigida por Paco Seirul, realizou um estudo detalhado sobre o conceito de relocalizar os atletas em torno da bola. O lugar tradicional de localização dos atletas dentro de campo tem como referência o goleiro e isso oferece propostas para um sistema formado por passes como metodologia para se organizarem e aumentarem as probabilidades de vitórias. Uma disposição diferente, ou seja, em torno da bola é exclusivo. Trata-se de uma organização que caracteriza um dos exercícios mais difundidos e tradicionais no mundo do futebol: a posse da bola.

Ao mesmo tempo, Maurici A. López-Felip analisa a forma de entender o comportamento coletivo de uma equipe a partir da posição da bola e, no último capítulo, Paul Bradley apresenta uma análise sobre as demandas físicas que um atleta pode ter contextualizado para que exista uma programação mais justa para as atividades do jogo.

“A tecnologia permite a existência de treinamentos personalizados para cada atleta de forma absolutamente precisa”

Durante o congresso Sports Tomorrow realizamos uma entrevista com Llorenç Tarrés e a Víctor Tomàs, ex-capitão do FC Barcelona de basquete; lamentavelmente é ex-capitão, porque depois de vinte e dois anos no clube, foi obrigado a se aposentar por problemas cardíacos. Isso nos leva a realizar perguntas relacionadas a este assunto feitas a Tarrès, sobre o famoso impacto da retirada dos atletas, neste caso duplo, ao ser inesperado em um diagnóstico. Entretanto, Tomàs não alimenta a informação. Mesmo que fosse complicado concluir sua carreira, confessou que, por muito tempo, alimentou suas dúvidas e tomou decisões para poder seguir vinculado ao esporte quanto tudo acabasse.

“Quando você está nesta bolha, parece que não tem tempo para outras coisas, mas nada mais distantes da realidade, pois a final há muito tempo livre quando você é atleta profissional”, afirma ele. Por isso, marca o valor de uma plataforma como a do Barça Innovation Hub e as condições de aprendizagem, porque colabora muito com os atletas para que exista uma transição menos “traumática”. Finalizou o mestrado e considera que devem ser divulgadas todas as atividades desta seção do clube, porque “o conhecimento é sempre positivo” e permite que as pessoas “se preparem e se organizem adequadamente”.

Sobre a revolução tecnológica no esporte, demonstra seu espanto com a gestão em que chegou sobre o gerenciamento das cargas de trabalho com cada atleta. Existe um controle de peso e de fadiga que permite treinar cada atleta “de maneira precisa e inteligente”. Com todas essas informações é fundamental que se saiba interpretar melhor o que cada atleta precisa em determinados momentos.

Em relação ao jogo, ele acha que agora podemos saber com mais precisão quais as ameaças que as equipes enfrentam, pois do contrário, atacarão mais pela direita ou pela esquerda. Todas essas informações servem para que os atletas estejam melhores preparados para enfrentarem um jogo. Entretanto, ele não gosta de assistir vídeos editados com os adversários, uma montagem que normalmente os técnicos preparam: “Nunca assisti, não gosto de pensar que um defensor se posiciona com maior frequência no lugar onde realizo mais lances, pois não queria ficar condicionado a isso”. De todas as formas, isso se refere a sua técnica pessoal, destacou ele. Outra coisa bem diferente é o serviço que os dados oferecem à tática coletiva.

Os atuais problemas que o basquete enfrenta, adverte, é que os investimentos privados provavelmente terão poucos benefícios fiscais e a publicidade de um patrocinador “é quase inexpressiva”. Enquanto não existirem medidas eficientes: “será um problema profundo e será cada vez mais difícil encontrar uma solução”.

Tomàs agora está descobrindo a outra cara do esporte; tudo o que acontece nos bastidores. Sua função atual é administrar os jogos da Palau Blaugrana, que tem quatro sessões de clubes e sua missão é que não existam conflitos entre esses clubes. Também, em função da pandemia, realizar o acompanhamento dos atletas menores de idade. Nestas atividades ele se sente feliz e contente, pois aprende todos os dias: “É uma surpresa o trabalho por detrás dos bastidores de um jogo, os operativos, as reuniões que são feitas para que os atletas consigam se recuperarem de maneira positiva”. Ou seja, como realmente é um clube, as pessoas somente veem o lado visível dos processos. “Tudo funciona como um grande clube, mas é uma grande empresa ao mesmo tempo”, afirma. Mesmo que um ex-atleta nunca análise estas dinâmicas um empresário o faz: “sempre podemos nos identificar com os problemas dos atletas”.

 

 

 

 

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