December 30, 2020
Psicologia
Barça Innovation Hub
A educação no século XXI e a compatibilidade com o alto rendimento esportivo
Toca o despertador. Levante-se e tome o café da manhã. Saia correndo para a escola. Na metade da manhã fuja para fazer alguns treinamentos. Retorne para a aula. Coma bem. Final do dia na escola. Retorne ao treino. Volte para sua casa. Faça as tarefas. Permita-se (se puder) um rápido descanso mental e vá para a cama. Todos os dias são iguais. Todas as semanas são assim. Melhorar o nível da educação e das práticas esportivas de alto rendimento ou de elite não é uma tarefa fácil para qualquer um, sobretudo para aqueles que com mais atividades ao longo do dia. Existem muitos jovens iniciantes no esporte que afirmam que sua vida social fica absolutamente limitada, ou seja, até mesmo desaparece. Entretanto, o esgotamento físico e intelectual muitas vezes induz a esses jovens a se questionarem constantemente se tudo isso realmente vale a pena. Qual é o destino de muitos destes jovens? Podem abandonar a escola e isso repercutirá em um futuro sem que exista um correto planejamento, pois em um futuro ficarão abandonados à sorte e sem formação.
Mas existe um planejamento progressivo com novas metodologias de estudo adequadas ao século XXI, e um novo cenário com a pandemia da COVID-19 que foi totalmente inesperada, motivando essas alterações a um ritmo inovador. A tecnologia e as políticas acadêmico-esportivas vieram para serem nossas novas aliadas, sejam para atletas de elite que desejam se prepararem para o pós-competição. As universidades e os centros de educação flexibilizaram horários e oferecem tutores para atendimento, alteraram dadas as atividades e reforçaram a implementação de plataformas virtuais.
A educação do futuro
No Encontro Internacional para a Inovação em Educação de 2015 abordou temas sobre os sistemas educativos iriam ser reinventados totalmente durante os próximos anos. Em função do processo de inovação e descoberta de novas tecnologias e Internet como agentes de mudanças, quase uma grande revolução na nossa forma de aprender e ensinar. Atualmente, a globalização e, de uma forma muito peculiar o coronavírus, fizeram que nós captássemos essa transformação para que essas mudanças aconteçam neste momento e repercutam especialmente, naquilo que muitos especialistas tiveram que se adaptarem às pressas: focalizar na formação de crianças com mais participação, com o objetivo de potencializar suas habilidades, através de processos de ensino personalizado. Algo que realmente é muito positivo para todos os atletas de alto rendimento que podem aproveitar todas essas novas medidas de adaptação para aulas e também de assistência e suporte psicológico personalizado em função das necessidades de cada profissional, inclusive um acompanhamento para as necessidades diárias e diferentes atividades.
Durante o Encontro Internacional que aconteceu no final de 2019 reafirmaram as previsões realizadas quatro anos antes. Insistimos que o coronavírus, naquela época, era somente um boato e destacaram que em 2030 as aulas presenciais desaparecerão e os alunos terão professores como fonte de instrução durante o processo individualizado de aprendizagem. O currículo acadêmico será mais personalizado à medida e de acordo com as necessidades de cada aluno, o que pode valorizar suas habilidades pessoais e práticas, ao destacar e evidenciar conteúdos acadêmicos direcionados. A Internet será a principal fonte de conhecimento.
Com essas previsões, os horários passarão a ser totalmente flexíveis e desaparecerão conceitos de “física” dos centros acadêmicos e serão direcionados mais especificamente com horários e lugares com o objetivo de se adaptar à cada um de nós. Uma tendência que observamos na formação dual dos atletas de elite, mas que ao se generalizar potencializarão os recursos de forma exclusiva e o rendimento de cada atleta. Existirão mais cursos on-line, mas também grupos de colônia de férias e de finais de semana. Além disso, a formação inicial contará com opções de cursos dentro de plataformas de formação on-line gratuitas (MOOC) como edX ou Coursera, Canais como YouTube ou outro tipo que permita os alunos estudarem e realizarem seus cursos acadêmicos completamente adaptados às suas necessidades, em função da formação continuada, pois isso permitirá uma reciclagem em tempo recorde e sempre estarem atualizados com o mercado de trabalho altamente especializado. A transformação digital da educação já não contará mais com um retorno aos anos de bancos acadêmicos, mas sim com uma oportunidade de ouro para os atletas de elite.
A própria experiência esportiva como valor de trabalho
E o que pode contribuir um atleta de elite para a sua futura carreira profissional? Quais as habilidades que os diferenciam dos demais candidatos? É aqui onde especialmente é importante lembrar-nos das experiências vitais dos atletas. Assim como os que fizeram um mestrado no exterior ou terem trabalhado em um ambiente multicultural podem ser benefícios para qualquer profissional no momento de optar por um trabalho ou outro. A passagem pelo futebol, basquete, natação ou outro esporte de elite contribui com evidentes habilidades e potenciais oportunidades para este tipo de disciplina.
Nosso exemplo mais evidente é Gerard Piqué, que desenvolveu habilidades multidisciplinares que o prepararam para o mundo empresarial. Ao mesmo tempo que se destacava dentro dos clubes pelos que passou como zagueiro, realizou diferentes cursos on-line sobre economia e também se matriculou em diferentes cursos dirigidos a executivos de empresas musicais, artísticas e esportivas. Juan Mata, outro exemplo de atleta do Valencia estudou alguns semestres jornalismo e comunicação e que, ao ser transferido para o Chesea, decidiu se matricular em dois cursos EAD. Existem incontáveis outros casos, mas com estes dois exemplos evidentes e conhecidos, conseguimos demonstrar que atletas de elite podem e devem aproveitar o que o esporte oferece para se prepararem para um futuro em outra carreira e se destacarem pelas habilidades pessoais e intelectuais.
Normalmente o caminho mais evidente para a grande maioria dos atletas profissionais ao se desvincularem dos clubes, seja por aposentadoria ou afastamento obrigatório é seguir dentro dos clubes, seja como técnico, assistente técnico, outras atividades vinculadas à equipe ou para casos de sucesso que migraram para o jornalismo esportivo. Entretanto, um ótimo planejamento para uma carreira dual permite o desenvolvimento de habilidades em qualquer área profissional: viver em outros ambientes (por ter sido um atleta de um clube do exterior ou por ter sido transferido para participar de campeonatos internacionais), ter sido parte de uma equipe com participações internacionais, trabalhar sob forte pressão e alcançar objetivos de sucesso e sempre vencer. Essas habilidades podem ser muito importantes para os empresários de qualquer ramo que, além disso, podem ser beneficiados com um amplo portfólio de contatos que o atleta possa ter estabelecido ao longo da sua vida esportiva. Ao ter que unificar estudos e esportes de elite não existem motivos para que sejam vulneráveis, mas sim grandes e importantes habilidades para um futuro profissional onde quer que estejam.
Jose Valenzuela
Bibliografia
Wylleman, P. y Lavallee, D. (2003). A developmental perspective on transitions faced by athletes.En M. Weiss (ed), Developmental Sport Psychology. Morgantwon, WV: Fitness InformationTechonology.
Cumbre Mundial para la Innovación en Educación / World Innovation Summit for Education: https://www.wise-qatar.org/
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