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February 25, 2019

Gestão de Lesões
Rendimento Desportivo

AS LESÕES MAIS TÍPICAS DO ANDEBOL PODEM VARIAR SEGUNDO A POSIÇÃO, A CATEGORIA E A MATURIDADE DO JOGADOR

Para além de ser um desporto de alta intensidade, o andebol implica um contato  frequente entre os jogadores, dois fatores que  aumentam o risco de lesão. Alguns estudos  avaliaram as características desse risco, mas, nenhum deles chegou a uma conclusão suficientemente fiável, por diferentes motivos.

Agora, um trabalho realizado em todas as categorias do Andebol do FC Barcelona, em que participaram os médicos Dr. Mauricio Mónaco, pediatra e especialista em Medicina do Desporto, ex-membro da equipa médica do clube, o Dr. José Antonio Gutiérrez, responsável da equipa médica de Andebol, e o Dr. Gil Rodas,  veio esclarecer esta questão, analisando os padrões de lesão dos jogadores das diferentes categorias do clube, durante duas temporadas completas, tendo em conta vários fatores.

“Incluímos muitos jogadores, entre eles, jovens, coisa que já há muito tempo não se fazia. Todos foram muito bem estudados e de forma muito homogénea”, assegura Rodas. O resultados foram publicados na revista Biology of Sport e apontam para a existência de diferenças nos padrões de lesão, segundo a categoria, a posição em campo e, um dado particularmente inovador, segundo o grau de maturidade dos jogadores mais jovens.

 

Diferenças a ter em conta

No estudo, analisaram-se as lesões sofridas por todos os jogadores das várias categorias do clube, durante duas temporadas consecutivas. Só se excluíram os membros do primeiro plantel, uma vez que estes seguem um calendário bastante mais exigente e diferente dos restantes sujeitos da amostra, o que poderia interferir nos resultados. As idades compreendidas no estudo situaram-se entre os 12 e os 27 anos.

Embora não se tenham observado diferenças significativas no número de lesões, entre jovens e adultos, os adultos revelaram um risco superior de incidência de lesões musculares no tornozelo e na cabeça, certamente devido à maior intensidade a que são submetidos na competição.

Relativamente ao risco de lesão segundo a posição em campo, as únicas diferenças surgiram nos jogadores de segunda linha (pivôs e extremos), que sofrem mais problemas nos joelhos e nas cartilagens  articulares do que os de primeira linha ou os guarda-redes. Uma possível explicação poderá ser o facto de esses jogadores tenderem a ser de estatura superior e a sofrer  mais choques durante o jogo, no caso dos pivôs. Mas, no caso dos extremos, ainda que estes tendam a ser de estatura inferior e mais ágeis, o número elevado de saltos e quedas poderia condicionar estes resultados.

Por fim, o estudo foi muito inovador, na medida em que estudou os jogadores jovens, não só segundo a sua idade cronológica, mas também segundo o seu grau de maturidade sexual, uma característica mais próxima da sua idade biológica. Para isso, mediu-se o volume testicular e empregou-se a chamada escala de Tanner, que permite distinguir os diferentes períodos em que se divide a puberdade. Depois de se ter classificado os jogadores jovens como maduros ou imaturos, verificou-se que os imaturos revelavam um risco superior de apofisite, um tipo de lesão característica do desporto em idade escolar, em que o tendão do músculo  exerce tração sobre a cartilagem de crescimento, provocando a sua erosão.

Este estudo é o terceiro de uma série de publicações previamente lançadas na revista Apunts Medicina de l’Esport. Além disso, é o único estudo do mundo a relacionar lesões com parâmetros de maturidade no andebol. Tal como comprova um estudo recente de British Journal of Sports Medicine.

“Todos estes dados permitem-nos adotar estratégias que já há algum tempo aplicamos de imediato em cada uma das categorias “, assegura Rodas.

Tal como o Dr. Mauricio Mónaco conclui, no artigo, “devemos reforçar os programas de prevenção de lesões musculares nos adultos, mas também devemos tomar medidas para evitar a incidência de apofisite nos mais jovens”.

 

 

A equipa do Barça Innovation Hub

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