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O FC Barcelona realizou a jornada “Barça: Feminino e Plural” coincidindo com o dia da mulher, organizada nas instalações do Camp Nou. O objetivo da jornada consistiu em debater e refletir sobre a situação das mulheres no esporte e as discriminações que elas sofrem e, principalmente, sobre como enfrentar os novos desafios de tornar mais visível o papel da mulher atleta.

A conferência contou com a presença do presidente Josep Maria Bartomeu e foi aberta com a participação das jogadoras da equipe feminina catalã, Sandra Paños e Alexia Putellasi, além de Guillermo Amor, diretor de Relações Institucionais e responsável pelo futebol formativo profissional do clube. Continuou com um debate com jogadoras amadoras das diferentes seções do Barça e a primeira parte foi encerrada com a apresentação do estudo “Mulheres Atletas”, apresentado pela diretora da Fundação Barça, Maria Vallès. Na segunda parte, houve reflexões sobre o papel das marcas no ativismo pelos direitos humanos e pelo feminismo e seu papel na conscientização sobre a igualdade de gênero no esporte.

Atletas amadoras

A maioria das mulheres admite a dificuldade de conciliar o esporte com o trabalho ou estudos, a falta de ajuda econômicas e as dificuldades que se encontram diante da perspectiva de serem mães. Estes motivos são os que frequentemente provocam a retirada da vida esportiva.

As mulheres têm muito claro que precisam ter uma carreira paralela à sua carreira esportiva em um futuro. São conscientes de que as prioridades têm que ser os estudos, já que não poderão viver do esporte pelo fato de serem mulheres. O desejo de ser mães é um fator determinante, já que obviamente o corpo muda com a gravidez e, depois, vem a recuperação, os riscos de lesões, o fato de conciliar o esporte com os filhos, com o trabalho… Isso complica muito a continuação da prática esportiva. O fato de parar a carreira esportiva para ter um filho faz com que o treino tenha que passar a um segundo plano e pode facilmente acabar a relação com os patrocinadores.

Estudo “Mulheres Atletas”

A Fundação Barça apresentou a pesquisa “Mulheres Atletas: discriminações, barreiras e escolhas”, um estudo qualitativo realizado pela própria Fundação sobre a discriminação que as mulheres sofrem na prática de esportes coletivos.

A conclusão do estudo é que existem três fatores que condicionam a presença das mulheres no esporte

  1. A escolha, que não é totalmente livre como poderíamos acreditar, porque é condicionada por escolhas das famílias, status socioeconômico, queixas de comparações entre filhos, associação de certos esportes a um gênero específico (dificuldade para muitas mulheres em escolher esportes tradicionalmente considerados de homens)…
  2. Discriminações derivadas de estereótipos e preconceitos de gênero como, por exemplo, as qualidades físicas (esportes associados a corpos determinados), o valor simbólico do corpo (corpos de atletas que a sociedade pode considerar “masculinizados”), etc.
  3. Barreiras por fatores estruturais como, por exemplo, dificuldade para encontrar patrocínio, pouca cobertura mediática, diferenças salariais, diferenças nas instalações esportivas de homens e mulheres… que dificultam a prática esportiva das mulheres e a possibilidade de conciliar vida pessoal, esportiva e laboral, o que leva a um abandono da prática esportiva.

 “Marcas Valentes”

Os estudos demonstram que 80% das decisões de compra são tomadas pelas mulheres. As mulheres também estão mais presentes nas redes sociais e têm mais peso em recomendações de marcas e produtos nas redes. Portanto, as mulheres contam, e muito, nos processos de compra, e é por isso que têm que ser incluídas e escutadas pelas marcas.

70% dos consumidores priorizam marcas com argumento e implicação em problemas reais, principalmente em direitos humanos, mudança climática e feminismo. As “marcas valentes” são marcas que defendem e reivindicam valores claros e se posicionam diante de desafios sociais e/ou ambientais. Os consumidores, então, exigem cada vez mais que as empresas tenham um impacto social positivo sem perder sua autenticidade e personalidade. Outros estudos também concluem que só 20% das marcas atuais sobreviverá nos próximos anos. E este 20% serão as “marcas valentes”.

Quanto aos patrocínios esportivos, este setor se viu fortalecido com a presença destas “marcas valentes” como, por exemplo, Stanley, primeiro patrocinador da história da camiseta do futebol feminino do FC Barcelona. A marca consolida os valores de apostar ao deporte feminino e à inovação no campo da publicidade neste âmbito. A empresa quer marcar a diferença agregando um valor adicional e abrindo-se a novas oportunidades com um impacto positivo no mercado.

No mundo do esporte também há outras marcas que apostam nesta estratégia como, por exemplo, Nike ou Gillette, com novas campanhas com alto componente de compromisso social com temas como, por exemplo, racismo, redefinição da masculinidade ou empoderamento da mulher no âmbito esportivo. Estas marcas e campanhas ajudam a visibilizar e valorizar o talento feminino.

Neste sentido, o FC Barcelona, continuando com seu desejo de impulsionar a inovação social através do esporte, compromete-se a censurar os comentários e comportamentos misóginos no futebol como um esporte inclusivo. O FC Barcelona aposta claramente à igualdade de gênero no esporte: Futebol é para futebolistas.

A equipa do Barça Innovation Hub

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