BIHUB PATH

April 24, 2020

Marketing, Comunicação e Gestão
Fan Engagement e Big Data

QUAL O FUTURO DAS STARTUPS DEPOIS DA COVID-19?

Se tivermos sorte, logo todos sairemos dançando desta difícil pandemia e deveremos começar a pensar nas transformações do panorama econômico em geral. Como tudo isso afeta economicamente as startups, em especial as ligadas ao esporte? De que modo as transformações e o sentimento de solidariedade que temos visto podem ser úteis no incentivo de se seguir em frente e de forma mais rápida?

A curto prazo, poderá se notar nitidamente quem serão os vencedores e os perdedores. Exercícios em casa, delivery, e-Sports, educação à distância, teleconferências, entretenimento via serviços de streaming (Netflix e Disney+) são os campeões de sucesso agora. Já os perdedores incluem a grande maioria dos esportes, shows com música ao vivo, vendas no varejo, viagens, transportes, hotelaria e gastronomia em geral. O trabalho remoto e o flexível tornaram-se fundamentais e o gênio da modalidade home office está fora da sua lâmpada neste momento. A transição para o “fazer tudo on-line” cresceu de forma expressiva nas últimas semanas. Isso favorece o e-commerce, o e-gov, o e-Sports e a computação em nuvem que seguirá experimentando um crescimento significativo no apoio à demanda dos serviços on-line.

Para as startups, a COVID-19 aumentará o tempo necessário para conseguirem equilibrar seu fluxo de caixa, o que imaginamos que aconteça de seis meses a um ano. Os investimentos provenientes de fundos profissionais estão aumentando suas apostas em companhias de fomentos confiáveis para que possam sobreviver. Os investidores foram novamente bem sucedidos pelo evento conhecido como “cisne negro”. Este evento não se pode prever, é surpreendente e tem graves consequências. O último evento do cisne negro foi a crise financeira de 2009 há 10 anos. Em geral, isto faz com que os investidores sejam mais cautelosos no momento de investir em negócios que possam trazer perdas futuras. Querem ver perdas financeiras menores a curto prazo em uma companhia que possa estar diante de um risco eminente como o do cisne negro.

Os investidores, neste momento, se preocupam com seus investimentos atuais e não será fácil reter sua atenção para investimentos em projetos novos até a segunda metade de 2020. Após esse período já previsto, as perspectivas de investimentos em capital de risco poderão ter melhorado, uma vez que os fundos de capital de risco (CR) necessitarão investir por um período de quatro anos. Os investidores seguem contando com quantidades expressivas de dinheiro para investir, mas nem sempre contam com tempo para isto.

 

Os unicórnios nascem de crises econômicas

As boas companhias sempre nascem de grandes crises econômicas. Mais de 50 unicórnios da área de tecnologia foram fundados durante os anos de recessão entre 2007 e 2009. Mais da metade das empresas que nasceram durante esta recessão ou pela queda de mercado estão na lista da revista Fortune 500. Em momentos difíceis os consumidores reduzem seus gastos somente para necessidades básicas: saúde, bem-estar e segurança. Pode ser que as startups tenham que mudar suas estratégias para se tornarem mais atrativas ao consumidor, enquanto o mundo se recupera da pandemia do novo coronavírus.

Downloads de aplicativos internacionais como Skype, Houseparty e Zoom aumentaram mais de 100% durante o mês de março; o Zoom é considerado o mais popular entre as pessoas que se encontram de forma virtual, devido ao confinamento. Em março foram registrados cerca de 27 milhões de downloads deste aplicativo, contra apenas 2,1 milhões no mês de janeiro.

Teamworks, uma plataforma de comunicação on-line muito utilizada por profissionais e estudantes de equipes esportivas, acaba de anunciar uma rodada de captação de $ 25 milhões de dólares da Série C dirigida pela Delta-v Capital. O aplicativo utilizado com maior frequência por atletas, técnicos entre outras pessoas nos Estados Unidos, facilita a comunicação na hora de compartilhar arquivos, planos de viagens e planejamentos.

 

O auge dos e-Sports

No mundo do esporte, sabemos que os torcedores têm interesse em assistir e-Sports, mesmo que os eventos tenham sido cancelados. Na Itália, a live streaming dos e-Sports cresceu 66% entre os meses de fevereiro e março. De acordo com a Twitch Tracker, a transmissão via streaming de jogos aumentou exponencialmente em todo mundo. Este aumento incluirá uma grande quantidade de torcedores de e-Sports que, provavelmente, seguirão sendo, porém com menor frequência. Geralmente estes torcedores são jovens e por isso contribuem com novas energias para os clubes.

Até agora os videogames não estão conectados com os esportes tradicionais. Os clubes estão interessados em unificar os videogames com os esportes convencionais ao vivo. Um exemplo disso pode ser o anúncio da Fórmula 1 de que está liderando as Séries do Grand Prix Virtuais, que inclui os pilotos da F1 de 2020 juntamente com os campeões dos e-Sports e outras personalidades do mundo do esporte. Além disso, a principal liga de futebol do México lançou um torneio FIFA para que seus atletas joguem entre si em um famoso videogame de futebol. O programa e-LigaMX que aconteceu durante o Torneio BBVA começara e será transmitido pelo canal TUDN nos Estados Unidos.

O futuro pode ser promissor para aqueles clubes que atraem seus torcedores que combinam a presença física nas partidas com as experiências on-line. Pode ser que as estrelas do esporte do futuro tenham avatares que possam jogar em equipes on-line com o objetivo de entreter seus torcedores quando não puderem ir a um estádio.

Ser um torcedor é ter um propósito comunitário tanto com o clube quanto com os demais torcedores. Vimos como as aulas de treinamento em casa que, atualmente são realizadas de maneira on-line, têm seu próprio sentido comunitário. A Nike lançou uma campanha “Jogue dentro, jogue pelo mundo” para encorajar as pessoas a se exercitarem em suas próprias casas. Esta campanha teve um grande impacto e contou com a participação de muitas celebridades do mundo do esporte. O serviço por assinatura inclui treinamentos com transmissão feita em estúdio, programas de treinamentos progressivos e dicas de especialistas e treinadores da Nike Master. Certamente não é como ir a uma academia ou a uma sessão de treinamento no seu clube, mas têm sua importância.

 

A inovação para os clubes esportivos

A longo prazo os clubes esportivos poderão oferecer mais experiências virtuais com o objetivo de criar uma comunidade de torcedores de todo o mundo que tenham poucas oportunidades de participar dos jogos. A frequência dos eventos on-line poderá aumentar. Os clubes poderão usar seus atletas famosos para aumentar o entusiasmo e o desejo de participar.

Os clubes esportivos poderão patrocinar o desenvolvimento de videoconferências e aplicativos de chat mais afinados com os eventos esportivos on-line. Quem sabe quais são as características que os torcedores atualmente mais desejam?

A indústria esportiva pode aprender muito com essa percepção inicial no intuito de se recuperar. A união e essa nova perspectiva serão cruciais. A indústria terá que se adaptar, inovar e mudar para poder se reconstruir. “Depois da tempestade vem a bonança” e nunca houve um melhor momento para se aprender, planejar e pensar no futuro. Todas essas mudanças no nosso dia a dia trarão novas oportunidades para todos.

 

Tània Vié Riba

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